27/05/2021

Inverno exige atenção com os olhos

Especialmente por conta da diminuição de umidade do ambiente e da exposição ao vento, as conjuntivites alérgicas, virais e a síndrome do olho seco são os problemas que mais se intensificam
 
A estação mais fria está apenas começando e junto dela, o ar seco, um já conhecido vilão da saúde. A maioria das pessoas acaba focando e preocupando-se exclusivamente com os problemas respiratórios e com a famosa gripe. Essa tendência é ainda mais forte em tempos de Covid-19. Não que seja errado, mas, por outro lado, faz com que problemas dermatológicos e as doenças oculares fiquem, muitas vezes, em segundo plano.  
 
Segundo Dra. Anelise Nomura, oftalmologista e diretora médica da Alpha Diagnose, as complicações oculares no inverno podem ser tão delicadas quanto as de cunho respiratório e precisam ser tratadas. As conjuntivites alérgicas, virais e a síndrome do olho seco são as doenças com mais chances de intensificarem-se na estação mais fria do ano. 
 
Seus maiores vilões são a baixa umidade do ar e, consequentemente, o clima seco. Tanto que as doenças oculares no inverno tem maior incidência em regiões mais frias, como no sul do país. Isso ocorre porque, além de provocar maior concentração de poluentes ? agentes que prejudicam sensivelmente a saúde visual -, esses dois fatores também contribuem para a evaporação da camada aquosa da lágrima. O resultado é a diminuição da lubrificação natural de nossos olhos. 
 
A síndrome do olho seco, por exemplo, tem como sintoma o olho vermelho e irritação ocular, exatamente pela falta de lubrificação. No caso da conjuntivite alérgica, ela pode vir simulando ou mesmo mascarando uma conjuntivite viral, que é transmissível, demandando assim um tratamento diferenciado, como o isolamento do paciente.  Pacientes que sofrem de rinite alérgica e sinusite crônica ou que coçam muito o nariz, tendem a ter uma alteração mais importante de conjuntivite alérgica, por isso devem redobrar o cuidado. 
 
"Como as demais doenças oculares, se não tratadas no tempo certo essas patologias podem causar consequências, como a evolução para uma conjuntivite mais crônica, de difícil tratamento. Já o olho seco, por exemplo, pode levar à incidência de uma úlcera corneana", explica a oftalmologista. 
 
O tratamento depende do diagnóstico feito pelo oftalmologista, das causas e da gravidade, sempre olhando individualmente. Porém, no caso da síndrome do olho seco, saber o fato motivador é bem importante. Pois, existem  situações em que a causa é reumatológica, em outras por conta de um pós-operatório e, claro, em decorrência do tempo seco. Na maioria das vezes, o tratamento é feito com a aplicação de um colírio lubrificante, prescrito pelo médico conforme a necessidade do paciente. 
 
O mesmo vale para a conjuntivite alérgica, que além do tempo, pode ter como causa, ácaro, pólen, entre outros. O uso do colírio antialérgico é a indicação mais comum, mas em algumas situações é necessário um tratamento sistêmico com o otorrino.
 
"É bem importante lembrarmos que, como em tudo em nossa saúde, a prevenção é o melhor remédio. Mas, quando elas acontecem, procurar um oftalmologista é a saída mais segura, especialmente, para evitar confusão do diagnóstico, já que os sintomas são os mesmos em variadas situações. Outra dica importante, que ajuda a prevenir não somente as doenças oculares comuns no inverno, mas também outras, como a própria Covid-19, é não colocar as mãos nos olhos e lavá-las sempre antes de qualquer contato com a região ocular", enfatiza. 
 
Fonte:
Dehlicom

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